História da Fisioterapia Cardiorrespiratória
REF: FCR#1
1722: A atividade física teve sua importância observada pelo médico William Heberden, que publicou um programa de exercícios de 30 minutos diários, pela duração de seis meses, para um paciente do sexo masculino com "distúrbio torácico". Suspeita-se que o diagnóstico era doença arterial coronariana e que o paciente relatava angina, ou estava se recuperando de um infarto. (1)
1799: O médico inglês C. H. Parry percebeu os efeitos benéficos da atividade física em pacientes com dor torácica, mas a ideia encontrou resistência por parte da comunidade médica e foi deixada de lado. (1)
1912: Herrich fez a primeira descrição clínica de um infarto do miocárdio e encorajou os médicos a repensarem o papel da atividade física em pacientes com doença cardíaca coronariana. Entretanto, a comunidade médica temia que o aumento da atividade física pudesse levar a risco de aneurisma ventricular, ruptura miocárdica ou hipoxemia arterial. O tratamento era conservador, e consistia em 6 a 8 semanas de descanso para as vítimas de infarto do miocárdio, sendo este o protocolo mais usado durante todo o século XX. (1)
1930: Os médicos G. K. Mallory e P. D. White descobriram que a região miocárdica necrosada se convertia em tecido cicatricial após cerca de seis semanas do evento do infarto. Juntos, eles prescreveram três semanas de descanso no leito para os pacientes com infarto do miocárdio não-complicado, e estimularam a realização de atividades físicas de maneira limitada após a alta hospitalar. Subir escadas foi proibido por até um ano, em certos casos! Entretanto, começou a ficar claro que no período imediato à doença, os pacientes de tornavam inválidos devido ao medo e à falta de conhecimento sobre a sua condição. Tipicamente, os pacientes nunca retornavam ao trabalho e eram considerados inválidos, vistos como membros não-produtivos da sociedade. (1)
1912: Herrich fez a primeira descrição clínica de um infarto do miocárdio e encorajou os médicos a repensarem o papel da atividade física em pacientes com doença cardíaca coronariana. Entretanto, a comunidade médica temia que o aumento da atividade física pudesse levar a risco de aneurisma ventricular, ruptura miocárdica ou hipoxemia arterial. O tratamento era conservador, e consistia em 6 a 8 semanas de descanso para as vítimas de infarto do miocárdio, sendo este o protocolo mais usado durante todo o século XX. (1)
1930: Os médicos G. K. Mallory e P. D. White descobriram que a região miocárdica necrosada se convertia em tecido cicatricial após cerca de seis semanas do evento do infarto. Juntos, eles prescreveram três semanas de descanso no leito para os pacientes com infarto do miocárdio não-complicado, e estimularam a realização de atividades físicas de maneira limitada após a alta hospitalar. Subir escadas foi proibido por até um ano, em certos casos! Entretanto, começou a ficar claro que no período imediato à doença, os pacientes de tornavam inválidos devido ao medo e à falta de conhecimento sobre a sua condição. Tipicamente, os pacientes nunca retornavam ao trabalho e eram considerados inválidos, vistos como membros não-produtivos da sociedade. (1)
1930:
Um número significativo de trabalhadores americanos se aposentou com doenças oriundas de problemas cardíacos. O serviço empregador de Nova York se preocupou com o grande número de trabalhadores doentes, e realizou uma pesquisa que afirmou que apenas 10% dos trabalhadores tentavam ser readmitidos ou procuravam atividades mais leves nas empresas que trabalhavam após uma cardiopatia. (1)
1940: O serviço empregador de Nova York procurou a New York Heart Association para avaliar as condições dos trabalhadores que retornavam após sofrerem algum tipo de doença cardíaca. A proposta era determinar um nível de atividade que fosse seguro para o retorno desses trabalhadores. Esse pedido culminou a criação de unidades de classificação ou de avaliação do trabalho, que foram distribuídas em hospitais e centros de reabilitação. (1)
1940: O serviço empregador de Nova York procurou a New York Heart Association para avaliar as condições dos trabalhadores que retornavam após sofrerem algum tipo de doença cardíaca. A proposta era determinar um nível de atividade que fosse seguro para o retorno desses trabalhadores. Esse pedido culminou a criação de unidades de classificação ou de avaliação do trabalho, que foram distribuídas em hospitais e centros de reabilitação. (1)
Os objetivos dessas unidades eram:
1) fornecer um serviço clínico através de uma equipe de avaliação de capacidade de trabalho do paciente, desconsiderando a gravidade da disfunção cardíaca, e oferecendo oportunidade de retorno ao trabalho; (1)
2) servir de instrumento educacional para treino de médicos e informação ao público; (1)
3) constituir oportunidade de pesquisa para o estudo dos efeitos da doença arterial coronariana no retorno ao trabalho; (1)
1950:
Apesar da efetividade em retornar os pacientes ao trabalho e em diminuir os números de desabilitados, várias unidades foram fechadas devido à insatisfação com os métodos utilizados para classificar a doença arterial coronariana. Além disso, a falta de exercício formal de intervenção ou de avaliação ocasionou desinteresse dos pacientes. De forma gradual, a efetividade das unidades diminuiu, e os programas foram extintos. (1)
1952:
Levine e Lown questionaram a necessidade de repouso no leito e inatividade física após um infarto do miocárdio não-complicado. Eles recomendaram que os pacientes em recuperação realizassem exercícios na posição sentada. Em seus estudos, eles concluíram que o repouso longo e contínuo no leito diminuía a capacidade funcional e a circulação sanguínea do indivíduo, provocando diversas complicações. Eles publicaram um relatório que chamou a atenção da comunidade médica e intensificou a investigação sobre o manejo da doença cardiovascular. Hoje, esse artigo é considerado um marco. (1)
1953: O importante médico Louis Katz afirma que "os médicos devem estar preparados para descartar velhos dogmas quando há comprovação de que são falsos e aceitar novos conhecimentos". Ele recomendou que novas pesquisas sobre a atividade física fossem incorporadas ao gerenciamento de pacientes com doença cardíaca. (1)
1958: 1958: Dois cardiologistas, Turell e Hellerstein, recomendaram um protótipo para a reabilitação cardíaca com base nas técnicas de conservação de energia durante a atividade física, e na tolerância dos pacientes ao exercício, fundamentada nos princípios do estresse fisiológico. Essa nova ideia ganhou notoriedade quando o presidente americano Dwight Eisenhower sofreu um ataque cardíaco na década de 1950. Seu médico prescreveu um programa de atividades graduais, incluindo natação, caminhadas e golfe. Os resultados foram tão positivos para o presidente que ele criou o President's Youth Fitness Council. (1)
1953: O importante médico Louis Katz afirma que "os médicos devem estar preparados para descartar velhos dogmas quando há comprovação de que são falsos e aceitar novos conhecimentos". Ele recomendou que novas pesquisas sobre a atividade física fossem incorporadas ao gerenciamento de pacientes com doença cardíaca. (1)
1958: 1958: Dois cardiologistas, Turell e Hellerstein, recomendaram um protótipo para a reabilitação cardíaca com base nas técnicas de conservação de energia durante a atividade física, e na tolerância dos pacientes ao exercício, fundamentada nos princípios do estresse fisiológico. Essa nova ideia ganhou notoriedade quando o presidente americano Dwight Eisenhower sofreu um ataque cardíaco na década de 1950. Seu médico prescreveu um programa de atividades graduais, incluindo natação, caminhadas e golfe. Os resultados foram tão positivos para o presidente que ele criou o President's Youth Fitness Council. (1)
1960:
Período marcado pelo rápido avanço dos cuidados aos pacientes com doença arterial coronariana. A população se tornou mais esclarecida sobre os sinais de um possível ataque cardíaco. Começou a ficar claro que a sobrevivência a um infarto dependia do transporte rápido para o hospital e de uma intervenção imediara para reduzir os riscos de morte súbita. (1)
1966: O Congresso aprova a Highway Safety Act, que se trata de uma legislação tomada como um marco do direcionamento dos estudos para o desenvolvimento de sistemas de serviço de emergência médica, que objetivava um tratamento emergencial local e transporte rápido para o hospital. (1)
Nas décadas de 1960 e 1970, houve melhorias no tratamento emergencial pré-hospitalar, com tratamento no local e nas ambulâncias, que eram sofisticadas unidades móveis de emergência:
A população recebia instrução sobre suporte básico de vida, enquanto os médicos, enfermeiros e outros profissionais eram treinados em suporte avançado de vida em cardiologia. (1)
UTIs cardíacas estavam se multiplicando e se tornavam especializadas em infartos agudos do miocárdio. (1)
Desenvolveu-se o uso de diagnósticos sofisticados e de equipamentos de monitoração, como imagens de raio X, monitoração com holter e monitoração hemodinâmica invasiva, que foram determinando um novo padrão de cuidados aos pacientes de infarto agudo do miocárdio. (1)
1966: O Congresso aprova a Highway Safety Act, que se trata de uma legislação tomada como um marco do direcionamento dos estudos para o desenvolvimento de sistemas de serviço de emergência médica, que objetivava um tratamento emergencial local e transporte rápido para o hospital. (1)
Nas décadas de 1960 e 1970, houve melhorias no tratamento emergencial pré-hospitalar, com tratamento no local e nas ambulâncias, que eram sofisticadas unidades móveis de emergência:
A população recebia instrução sobre suporte básico de vida, enquanto os médicos, enfermeiros e outros profissionais eram treinados em suporte avançado de vida em cardiologia. (1)
UTIs cardíacas estavam se multiplicando e se tornavam especializadas em infartos agudos do miocárdio. (1)
Desenvolveu-se o uso de diagnósticos sofisticados e de equipamentos de monitoração, como imagens de raio X, monitoração com holter e monitoração hemodinâmica invasiva, que foram determinando um novo padrão de cuidados aos pacientes de infarto agudo do miocárdio. (1)(1) HOUGLUM P. A.; BERTOTI, D. B. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom: 6. ed. São Paulo: Editora Manole, 2014

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